quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Alunos desenvolvendo atividades referentes ao projeto no LIE






Alunos ligando as máquinas














Alunos pesquisando biografias sobre poetas afro-brasileiros




Professora de Português Hellen


 









 Alunos pesquisando poesias dos referidos poetas afro-brasileiros



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

CRUZ E SOUSA



João da Cruz e Sousa é filho dos negros GuiIherme e Carolina Eva da Conceição, africanos sem mescla. O pai, pedreiro. Ela, doméstica e lavadeira.  Considerado o mestre do simbolismo brasileiro, nasceu em Desterro, hoje cidade de Florianópolis - SC, no dia 24 de novembro de 1861. Desde pequenino foi protegido pelo Marechal Guilherme Xavier de Sousa e sua esposa, que o acolheram como o filho que não conseguiram ter. O referido marechal havia alforriado os pais do escritor, negros escravos e patrocinou seus estudos até o fim do secundário. Tornou-se jornalista e integrante de uma companhia de teatro que viajou pelo país inteiro, nas duas funções atuou sempre como propagandista do abolicionismo. Foi indicado para promotor em Laguna, Santa Catarina, mas sua nomeação não se consumou devido aos preconceitos raciais dos meios mais influentes da cidade. Casou-se com uma jovem negra, Gavita Rosa Gonçalves em 09 de novembro de 1893 que tornou-se doente mental e com a qual teve quatro filhos. Como o principal poeta do simbolismo brasileiro, publicou, de 1893 até sua morte, "Broquéis", "Missal", "Evocações". Ao mesmo tempo que canta em linguagem culta e até hermética, sempre num nível formal alto, as coisas e pessoas "brancas, alvas e níveas", também são profusas em suas obras alusões que celebram coisas e pessoas "negras". 



Faleceu em 19 de março de 1898, aos 36 anos de idade, vítima da tuberculose, da pobreza e, principalmente, do racismo e da incompreensão. Sua obra só foi reconhecida anos depois de sua partida.   

Primeira edição de Faróis, Cruz e Sousa

Gavita, que ficou viúva, grávida, e com três filhos para criar. Após  a morte do escritor perdeu dois filhos, vitimados também pela tuberculose. Com problemas mentais, passou vários períodos em hospitais psiquiátricos, vindo a falecer. O terceiro filho, com a mesma doença, faleceu logo em seguida. O único filho que sobreviveu, que tinha o nome do pai, também faleceu vitima dessa doença aos dezessete anos de idade.

LIMA BARRETO


Afonso Henriques de Lima Barreto era mestiço, filho de um tipógrafo, João Henriques de Lima Barreto, e de uma professora , Amália Augusta Barreto que morreu quando ele tinha apenas sete anos. Estudou no Colégio Pedro 2o e depois cursou engenharia na Escola Politécnica. Ainda estudante, começou a publicar seus textos em pequenos jornais e revistas estudantis.
Com o agravamento do estado de saúde de seu pai, que sofria de problemas mentais, abandonou a faculdade e passou a trabalhar na Secretaria de Guerra, ocupando um cargo burocrático. Grande cronista de costumes do Rio de Janeiro, Lima Barreto passou a colaborar para diversas revistas literárias, como "Careta", "Fon-Fon" e "O Malho".

Sobrado da esquina da Riachuelo com Rezende no Rio, onde talvez Lima Barreto tenha morado, em criança, com seu pai e irmãos

Seu primeiro romance, "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", foi parcialmente publicado em 1907, na Revista Floreal, que ele mesmo havia fundado. Dois anos depois, o romance foi editado pela Livraria Clássica Editora. Em 1911, Lima Barreto publicou um de seus melhores romances, "Triste Fim de Policarpo Quaresma", e em 1915, a sátira política "Numa e a Ninfa".
Lima Barreto militou na imprensa, durante este período, lutando contra as injustiças sociais e os preconceitos de raça, de que ele próprio era vítima. Em 1914 passou dois meses internado no Hospício Nacional, para tratamento do alcoolismo. Neste mesmo ano foi aposentado do serviço público por um decreto presidencial.
Em 1919 o escritor foi internado novamente num sanatório. As experiências deste período foram narradas pelo próprio Lima Barreto no livro "Cemitério dos Vivos". Nesse mesmo ano publicou a sátira "Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá", inspirada no Barão do Rio Branco, e ambientada no Rio de Janeiro.
Lima Barreto tentou candidatou-se em duas ocasiões à Academia Brasileira de Letras. Não obteve a vaga, mas chegou a receber uma menção honrosa. Em 1922 o estado de saúde de Lima Barreto deteriorou-se rapidamente, culminando com um ataque cardíaco. O escritor morreu aos 41 anos, deixando uma obra de dezessete volumes, entre contos, crônicas e ensaios, além de crítica literária, memórias e uma vasta correspondência. Grande parte de seus escritos foi publicada postumamente.


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

MACHADO DE ASSIS

Joaquim Maria Machado de Assis é considerado um dos mais importantes escritores da literatura brasileira. Nasceu no Rio de Janeiro em 21/6/1839, filho de uma família muito pobre. Mulato e vítima de preconceito, perdeu na infância sua mãe e foi criado pela madrasta. Superou todas as dificuldades da época e tornou-se um grande escritor.
Casa-se com Carolina Augusta Xavier de Novaes, em 12 de novembro de 1869.

Sua instrução veio por conta própria, devido ao interesse que tinha em todos os tipos de leitura. Graças a seu talento e a uma enorme força de vontade, superou todas essas dificuldades e tornou-se em um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos.
Machado de Assis morreu de câncer, em sua cidade natal, no ano de 1908.

CASTRO ALVES

Antônio Frederico de Castro Alves, nascido a 14 de Março de 1847, no município de Curralinho, Bahia. Um dos representantes do romantismo na literatura brasileira. Castro Alves era o entusiasmo da mocidade apaixonada pelas grandes causas da liberdade e justiça.
Passa boa parte da infância no sertão baiano. Muda-se para Salvador em 1852 e, depois, para Pernambuco. Após os primeiros estudos, onde vive experiência que marcam sua vida: os primeiros sintomas da doença pulmonar; o início de seu romance com a atriz portuguesa Eugênia Infanta da Câmara (seu maior amor) e o desiquilíbrio mental do irmão. 




Em 1864, o poeta inicia seu curso jurídico na Faculdade de Direito do Recife e revela-se como orador e poeta. Neste mesmo ano ocorre o suicídio do irmão. Dedica-se a temas sociais, em especial à abolição da escravidão. Em 1867, transfere-se para a Faculdade de Direito de São Paulo, mas não conclui o curso. Nessa época, trava amizade com José de Alencar e Machado de Assis.
Numa caçada, fere acidentalmente o pé com uma arma de fogo, vindo a ter que amputá-lo em 1869, em consequência do ferimento, além do agravamento da doença pulmonar. 




Em 1870, retorna à Bahia e publica Espumas Flutuantes, o único livro que chega a ser publicado em vida.
Junto a uma janela banhada de sol, como era seu último desejo, falece o poeta, em 6 de Julho de 1871. Morre tuberculoso aos 24 anos.
Os poemas O Navio Negreiro e Vozes da África, suas obras mais conhecidas, são publicados em 1880, numa edição em separado.